Os servidores do Hospital de Pronto-Socorro (HPS) de Porto Alegre denunciam uma série de precariedades enfrentadas no exercício da profissão.
Principal pronto-socorro do Estado, o HPS trabalha ainda mais sobrecarregado devido à pandemia de coronavírus. A deputada estadual Luciana Genro e o vereador Roberto Robaina, ambos do PSOL, já enviaram um ofício cobrando providências da direção do hospital.
“Apesar de não sermos referência para o atendimento ao coronavírus, recebemos vários pacientes de traumatologia que apresentam os sintomas, principalmente idosos que sofrem traumas em casa e familiares que entram para as visitas, assim como os responsáveis pelas crianças internadas na UTI Pediátrica”, afirma um servidor que não quis se identificar.
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Os trabalhadores denunciam que não têm acesso a equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras e álcool em gel. “O problema é ainda mais grave porque faltam técnicos de enfermagem. A direção diz que faltam 122 técnicos, mas esse número é muito maior, chega pelo menos a 300”, explica Valdionar da Rosa Freitas, da Associação de Servidores do HPS.
Ele informa que existe um concurso em vigência, contudo os aprovados não são chamados. A situação se agrava ainda mais com o afastamento de trabalhadores que pertencem ao grupo de risco e estão mais vulneráveis à contaminação por COVID-19.
A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e o vereador Roberto Robaina (PSOL) vêm recebendo as denúncias dos trabalhadores e já encaminhou um ofício à direção do HPS. No documento, ela pede esclarecimentos sobre a situação dos servidores e solicita que “todas as medidas sejam tomadas para que nenhum trabalhador fique sem a devida proteção”.
Os dirigentes da associação e do Sindicato dos Municipários (Simpa) foram ao hospital no dia 19 de março para dialogar com as direções, mas não foram recebidos.