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A deputada estadual Luciana Genro recebeu, na segunda-feira (07/02), o Comitê Brasileiro de Solidariedade com a Nicarágua, representado por Ana Mercedes, professora da UFRGS e nicaraguense, e a Comissão de Relações Internacionais do Movimento Esquerda Socialista (MES), representada pelo Antônio Neto, para falar sobre a situação crítica que presos políticos estão vivenciando no país.

O PSOL vem acompanhando a situação da Nicarágua, onde a repressão do governo sobre a população aumentou muito com a rebelião de 2018 contra a reforma da previdência. O regime de Ortega vem, nesses últimos anos, massacrando os movimentos sociais, ONGs, associações, universidades e todos que se opõem ao seu governo.

Diversos nicaraguenses foram mortos e perseguidos por lutar contra a reforma da previdência proposta pelo governo em 2018 e hoje alguns estão presos em situações desumanas por criticar o regime. Entre eles estão Yader Parajón, jovem de periferia que esteve no Brasil na Caravana de Solidariedade com a Nicarágua e, conforme relatos, está detido em uma “cela castigo”, locais do governo onde os reclusos não têm direito a pegar sol, ver outros ambientes da prisão ou ter contato com outros presos. Tamara Dávila, Suyen Baranona, Ana Margarita e Dora Mará também permanecem totalmente isoladas e submetidas a interrogatórios constantes e tratamento cruel e degradante. 

Atualmente, há uma estimativa de 173 presas e presos políticos na Nicarágua, que sofrem graves violações a seus direitos básicos. “Precisamos fortalecer iniciativas de solidariedade e ampliar cada vez mais a visibilidade aos absurdos que acontecem no Regime Ortega”, considera a deputada.

Luciana Genro se comprometeu em levar o assunto à Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa para que o órgão encaminhe um pedido de explicações ao governo da Nicarágua sobre a situação dos presos políticos, e levará também o tema a outras figuras políticas da esquerda brasileira, para que se amplie a rede de solidariedade à população nicaraguense.

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