Em encontro na manhã desta segunda-feira (19/09), Luciana Genro defendeu maior autonomia aos comerciantes do Mercado Público para contratação de prestadores de serviços com o objetivo de qualificar o ambiente e evitar desperdício de recursos. Representantes da Associação do Comércio do Mercado Público Central afirmaram que os contratos firmados diretamente pela prefeitura não vêm sendo cumpridos pelas terceirizadas, resultando em problemas especialmente nas áreas de limpeza e segurança. Ela participou da reunião acompanhada do vice, Pedro Ruas, e do candidato a vereador Roberto Robaina.
A entidade apresentou dados que refletem a importância do Mercado Público para a economia da região central da cidade: circulação de 120 mil pessoas por dia e 1200 empregos diretos gerados pelas bancas. “Vimos nitidamente que houve uma queda de circulação de todo Centro quando o Mercado Público ficou fechado pelo incêndio”, afirmou o presidente da associação, Ivan Konig. Eles informaram que a reforma está atrasada, assim como o repasse das verbas pelo governo federal, em função do descumprimento do cronograma pela atual gestão da prefeitura.
Outros problemas relatados foram a falta de transformadores para fazer a ligação de energia elétrica para um setor do Mercado que já tem a reforma quase concluída e ainda a manutenção do prédio, a cargo de empresas terceirizadas que não vêm sendo fiscalizadas pela prefeitura. “Precisamos de autonomia para contratação de empresas de manutenção e fiscalizar de perto o cumprimento do contrato”, afirmou o presidente.
Luciana reiterou seu apreço pelo Mercado Público e a importância dele para a economia e cultura da cidade. Ela concordou com a ideia de dar autonomia aos permissionários e lembrou outros casos em que a terceirização resultou em corrupção. “Terceirização abre porta para má prestação, falta de fiscalização e consequentemente a corrupção”, exemplificou. Ela ainda reafirmou o compromisso em cortar CCs para fazer economia de recursos e empoderar servidores de carreira e representantes da sociedade civil organizada. “Quero que vocês comandem aqui e que prefeitura seja uma parceira, fornecendo a estrutura pra fazer com que as coisas funcionem. A sociedade civil precisa estar organizada para fazer acontecer, porque a burocracia da máquina emperra. Então acho a proposta de vocês extremamente viável”.
Ao final do encontro, os comerciantes manifestaram entusiasmo com as propostas contidas no programa, como a centralização da fiscalização e emissão de alvarás para reduzir a burocracia na implantação de estabelecimentos. Ainda saudaram a postura de diálogo manifestada por Luciana, Robaina e Ruas e desejaram a ampliação da conversa no futuro governo.