Um governo que valorize os técnicos de carreira e esteja comprometido com a eficiência e com constante vigilância no combate ao desperdício e à corrupção. Esta foi a síntese do conteúdo apresentado por Luciana Genro, que na manhã desta segunda-feira (26/09) se reuniu com a Associação dos Procuradores do Município de Porto Alegre.
Já no início da conversa, a candidata da coligação “É a vez da mudança” (PSOL, PPL, PCB) garantiu que fará uma gestão eficaz e enalteceu a importância dos procuradores para garantir a legalidade de medidas inovadoras que pretende implementar, como a participação da EPTC na rede de segurança integrada com a Guarda Municipal e ainda a adoção de um programa de parceria com mulheres desempregadas, onde elas serão recrutadas a prestar serviços para a prefeitura, dentro de suas habilidades, e em troca vão receber um salário mínimo mensal, além de curso de qualificação profissional que permita uma progressão digna em sua condição de vida.
Luciana ainda garantiu o corte de 70% dos CCs, visando priorizar servidores concursados e evitar descontinuidade de programas e fraudes, como as que foram registradas na FASC e no DEP, onde um cargo de confiança era responsável pela execução de contratos que, embora pagos a empresas terceirizadas, não foram cumpridos. “Queremos garantir intensa fiscalização de contratos e uma investigação profunda para identificar gargalos e bueiros por onde o dinheiro público está escapando. A procuradoria será fundamental neste processo”, disse a candidata.
Questionada sobre a condição financeira da prefeitura, Luciana ponderou que embora os repasses federais venham caindo desde o governo Dilma, há uma situação estável, mas que exige atenção com a aplicação de verbas previstas em empréstimos a serem recebidos para investimentos. Para isso, defendeu que as obras sejam fiscalizadas permanentemente, inclusive por um comitê externo, que auxilie nos projetos e decisões. Ela ainda respondeu sobre a violência que assola a cidade e detalhou as propostas para incrementar a segurança pública, como ampliação da Guarda Municipal e adoção dos alarmes comunitários.
Por fim, Luciana defendeu um incremento nas ferramentas de participação popular, citando propostas de plebiscitos e participação online via plataforma inspirada no modelo de Madri, a ser usado para consulta popular sobre obras e intervenções de grande impacto na cidade. “O Orçamento Participativo está desvinculado da vida real da cidade, precisamos dialogar para que outros instrumentos também possibilitem uma maior abertura à participação, até mesmo digital, aumentando o escopo das decisões, pois apenas 1% do orçamento está disponível para definição, provocando uma disputa entre os bairros”, ponderou.