É falsa a informação que vem circulando de que o projeto de lei 67/2023 teria alguma relação com as enchentes, espalhada por um oportunista que propositalmente causa confusão na população. O desassoreamento dos rios para prevenção de enchente e a venda de areia do leito são coisas absolutamente distintas, e induzir a população a fazer uma confusão entre essas ações é grave e irresponsável.
“Diante da tragédia climática que mais uma vez nos atinge, me revolta ver gente espalhando desinformação para desviar a atenção dos verdadeiros problemas. Um mentiroso espalhou que um projeto de minha autoria, que proíbe novas licenças para extração de areia do Jacuí, teria alguma relação com as enchentes. Mentira grosseira, que alcança nível de difamação, e que – já adianto – implicará responsabilização”, afirma Luciana Genro.
A deputada explica a diferença entre desassoreamento e venda de areia dos leitos:
Desassorear é tirar sedimentos do fundo do rio para prevenir enchentes. Isso inclui barro, pedra, areia e outros detritos – e tudo mais que possa atrapalhar a vazão. Essa atividade é feita pelo estado e com amparo técnico, tendo todo o apoio da parlamentar.
O que o PL trata é da venda de areia do leito por empresas privadas, que não tem nada a ver com desassoreamento. Essa venda não é feita para melhorar a vazão do rio – que é o que impede enchentes – e, se feita de forma descontrolada, pode acabar com as margens. Tirar areia para vender pode ter efeitos tão danosos como os da enchente.
Essa prática provoca instabilidade nas margens, tombamento de árvores e entrada de sedimentos no rio, o que pode inclusive agravar enchentes como a que vivemos agora.
“Quer saber o que significa tirar areia do leito? Converse com a população de Triunfo e São Jerônimo, que têm visto anos de extração irresponsável destruírem as margens dos seus rios. Em 2013, a Justiça até chegou a proibir a extração por causa disso”, destacou a deputada.
Em resumo:
- o projeto não interfere no desassoreamento;
- ele busca frear uma atividade predatória que inclusive pode contribuir para desastres ambientais.
E, por fim, cabe destacar que este projeto sequer virou lei, diferente do que foi dito. É um projeto ainda em análise pela Assembleia. Se já fosse lei, seria, inclusive, mais um instrumento de enfrentamento à catástrofe climática que assola o nosso estado.
Desassoreamento SIM.
Comercialização irresponsável de areia dos leitos NÃO.
Não deem palco pra oportunista.
Atualização (27.06) – Retratação feita pelo autor do post:


