Deborah Finocchiaro
Deborah Finocchiaro

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A cultura como ferramenta de transformação social ganha mais um importante capítulo no Rio Grande do Sul. Com apoio da deputada estadual Luciana Genro (PSOL), que direcionou uma emenda parlamentar do orçamento de 2024, paga parcialmente neste mês de maio, o projeto Ações para Acordar será implementado em três unidades do Emancipa Mulher, levando arte, cuidado e escuta ativa a mulheres e crianças de comunidades populares de Porto Alegre. A iniciativa tem como proponente a Organização Caminhos da Cultura, uma associação civil sem fins lucrativos fundada em 2004 e sediada em Porto Alegre.

“É um projeto que se conecta com tudo o que defendemos no parlamento: cultura acessível, valorização das mulheres e combate às violências. Sabemos que a arte tem um papel fundamental na reconstrução do tecido social, especialmente em territórios atingidos pela vulnerabilidade e pela desigualdade,” disse Luciana Genro.

A iniciativa tem como proponente a Organização Caminhos da Cultura, uma associação civil sem fins lucrativos fundada em 2004 e sediada em Porto Alegre. A entidade atua com foco na cultura, no turismo, no esporte e em ações sociais voltadas à sustentabilidade e aos vínculos comunitários.

A proposta é coordenada pela atriz e diretora Deborah Finocchiaro, referência no teatro social do estado, com mais de três décadas de trajetória dedicada a temas sensíveis como violência doméstica, racismo e empoderamento feminino. Unindo espetáculos infantis, oficinas criativas e rodas de conversa, o projeto se propõe a criar espaços seguros e potentes para que diferentes gerações possam refletir, expressar e imaginar novas possibilidades de existência.

Para Deborah, o projeto simboliza uma união potente entre arte, cultura e política. “Significa muito estar fazendo parte dessa história. É um projeto feito com muito carinho e que abrange várias camadas da sociedade. Trabalhar com crianças, estimular a criatividade, o pensamento crítico, a liberdade de expressão: isso é tudo o que precisamos. E também poder falar sobre o que precisa ser falado, como a violência doméstica, com apoio das equipes da Luciana e do Emancipa, é transformador”, afirmou a diretora, destacando ainda a importância das oficinas voltadas às mulheres e os momentos coletivos de partilha.

Além das atividades simultâneas para mulheres e crianças, o projeto prevê uma ação coletiva de encerramento reunindo todas as participantes para um momento de partilha, criação e fortalecimento de vínculos. Também está prevista a pintura de um painel artístico em uma das sedes do Emancipa. O projeto ainda conta com a participação de outras mulheres da cena artística e pedagógica, como Júlia Ludwig, Karin W. Paiva, Arlete Cunha e o artista visual Alexandre Carvalho, do coletivo A-DoisUm.