Comprometida com o combate à intolerância religiosa, a deputada estadual Luciana Genro (PSOL) propôs à Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa a realização de uma audiência pública para tratar de casos de discriminação por crença religiosa na cidade de Porto Alegre. A atividade ocorre no dia 22 de maio, às 18h, na Sala Adão Pretto da AL-RS.

“A liberdade religiosa é um direito constitucional. Não podemos aceitar que o racismo disfarçado de moralidade siga agindo impunemente. Estaremos juntas e juntos, com as comunidades de terreiro, para defender cada espaço sagrado que tenta ser silenciado”, afirma a parlamentar.

O encontro em Porto Alegre integra uma mobilização estadual liderada pela deputada Luciana Genro, que tem percorrido diversas cidades para ouvir lideranças religiosas, denunciar o racismo religioso e fortalecer a luta dos povos de axé. As audiências públicas já aconteceram em Santa Cruz do Sul e Cachoeirinha, e estão programadas para ocorrer em diversos municípios, como em Pelotas, onde a iniciativa está sendo articulada com os mandatos do vereador Jurandir Silva e da vice-prefeita Dani Brizolara, ambos do PSOL.

Luciana Genro tem se consolidado uma aliada dos povos de terreiro no Rio Grande do Sul, com uma atuação firme contra a intolerância e o racismo religioso. Seu mandato tem promovido o reconhecimento e a valorização das religiões de matriz africana, fortalecendo a luta por respeito, dignidade e liberdade de culto.

Entre as ações mais significativas está a Cartilha do Povo de Terreiro, material informativo sobre os orixás e as tradições afro-brasileiras, elaborado em parceria com pais e mães de santo. Distribuída gratuitamente em todo o estado, a cartilha tem sido uma importante ferramenta de combate ao preconceito e de difusão dos saberes ancestrais.

É de autoria de Luciana Genro a Lei nº 16.122/2024, que institui o Dia Estadual do Tamboreiro, do Alabê, do Ogã e do Tata, celebrado em 15 de setembro — uma homenagem à força de quem sustenta os fundamentos das religiões de matriz africana. O Rio Grande do Sul, vale lembrar, abriga proporcionalmente a maior concentração de terreiros do Brasil, superando até estados como a Bahia e o Rio de Janeiro.

Entre as propostas legislativas em tramitação por iniciativa da deputada, destacam-se os projetos que reconhecem como patrimônio histórico e cultural do estado os Assentamentos de Bará localizados em Porto Alegre e Pelotas. No Batuque, os assentamentos representam a fixação do orixá em objetos sagrados, por meio de rituais específicos — um fundamento central das práticas religiosas afro-gaúchas.

Para solicitar a cartilha ou enviar uma demanda ao gabinete, entre em contato pelo WhatsApp: (51) 99265-0578.