Em Ibiraiaras, a Escola Estadual Indígena Monte Caseros funciona atualmente dentro de containers, que ficam muito quentes nos dias de verão. Isso porque há ar condicionado no local, mas a rede elétrica não foi adaptada para suportar o funcionamento dos equipamentos, inviabilizando que sejam utilizados no dia a dia. Ao tomar conhecimento da situação, a deputada Luciana Genro (PSOL) está cobrando da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) sobre o tema.
“A onda de calor que atingiu o Rio Grande do Sul no início de fevereiro trouxe à tona os problemas estruturais em muitas escolas. O governador e a secretária dizem que as escolas têm condições de funcionar no calorão, mas as denúncias que temos recebido provam que isso não é verdade para muitas delas”, aponta a parlamentar.
Luciana Genro acompanha a situação da escola desde 2023, quando cobrou sobre a interdição do prédio principal da instituição. Em 2022, um pinheiro caiu sobre o teto e, um ano e meio depois, os containers foram instalados de forma provisória. Agora, os estudantes seguem nestas estruturas, mas com condições climáticas precárias.
A equipe diretiva da escola já contatou a concessionária de energia elétrica, recebendo a informação de que deveria ser instalado um novo poste e adaptar a instalação para rede trifásica. A partir disso, providenciaram a instalação do poste, mas a adaptação não foi feita até o presente momento. Segundo a empresa, não teria sido feito o pagamento necessário por parte da Seduc para que ocorra a mudança para a rede trifásica, embora o boleto tenha sido enviado há meses.
Por isso, Luciana Genro solicita que a Secretaria confirme o recebimento do boleto em relação à adequação da rede elétrica. Caso realmente se confirme que a cobrança foi recebida e não paga, pede que a Seduc informe a data de recebimento; a data de vencimento; a previsão de pagamento; e os motivos pelos quais não ocorreu o pagamento até o presente momento.