Foto:Foto: Raul Pereira / ALRGS e Divulgação / Polícia Civil
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A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) enviou ofício ao chefe da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, o delegado Fernando Antônio Sodré de Oliveira, questionando sobre as escalas de trabalho dos servidores da cidade de Bagé. Segundo o noticiado, desde setembro de 2024, os plantonistas têm cumprido uma escala de 24 horas trabalhadas seguidas de 72 de folga. Entretanto, inúmeras exonerações teriam sido solicitadas na cidade, 10 somente em 2025, em razão dos impactos negativos na saúde mental dos policiais causados por essa divisão.

O atual cenário vem causando enorme preocupação por parte da União Geral dos Empregados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (UGEIRM) que buscou a deputada para tentar esclarecer, junto à Polícia Civil, quais seriam as razões que justificariam essa escala e se a corporação reconhece a relação dela com o número elevado de exonerações. Só em 2024, foram mais de 51 saídas registradas, segundo informações do sindicato.

Apesar da previsão de que em março a escala será alterada para o regime de 12 horas, atendendo a uma demanda dos próprios servidores e à determinação do delegado regional, Luciana Genro questiona também se não seria possível viabilizar antes deste prazo a mudança tão necessária para garantir a segurança não só dos moradores da cidade, mas desses profissionais que arriscam suas vidas diariamente pela segurança dos gaúchos. “Considerando-se a gravidade do problema e alta taxa de exonerações na Polícia Civil, é fundamental que a chefia de polícia adote, o mais rápido possível, medidas para garantir uma jornada de trabalho digna aos policiais. Afinal, são eles que dedicam suas vidas com bravura e empenho para proteger a sociedade, colocando o bem-estar e a segurança dos outros acima de si mesmos, muitas vezes sacrificando o próprio conforto e segurança para tal”, pontuou a deputada.