Associação é presidida por Sérgio Bittencourt e tem em sua diretoria a deputada Luciana Genro.
Associação é presidida por Sérgio Bittencourt e tem em sua diretoria a deputada Luciana Genro.

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A Associação de Ex-Presos e Perseguidos Políticos do Rio Grande do Sul (AEPPP-RS) registrou oficialmente em cartório a composição de sua nova diretoria nesta sexta-feira (23/06). O ato contou com a presença do novo presidente, Sérgio Bittencourt, do vice-presidente, Raul Carrion, e de outros membros da entidade, como a deputada estadual Luciana Genro (PSOL), o ex-deputado Raul Pont (PT). O vereador Pedro Ruas e a deputada Fernanda Melchionna, do PSOL, enviaram representantes para a reunião, assim como o senador Paulo Paim (PT).

“Temos um histórico de luta contra o nazifascismo e ditadura, pela anistia e pela redemocratização. Vamos seguir atuando como um instrumento de preservação da memória e de luta pela democracia”, disse Bittencourt. Ele lembrou que a entidade é sucessora direta do antigo Movimento de Ex-Presos e Perseguidos Políticos. 

A Associação planeja realizar uma série de atividades nos próximos meses para marcar datas importantes, como o dia 28 de agosto, que marca a concessão da anistia política no Brasil; o 11 de setembro, quando o golpe militar no Chile completa 50 anos; o dia 10 de dezembro, que celebra a assinatura da declaração universal dos Direitos Humanos da ONU; e, por fim, o 1º de abril de 2024, quando o golpe militar brasileiro completará 60 anos.

Luciana Genro lembrou que sua história familiar está atrelada à perseguição sofrida pela ditadura. Seu avô, Adelmo Genro, era vice-prefeito de Santa Maria e teve o mandato cassado pelos militares. Já seu pai, Tarso Genro, teve que se exilar no Uruguai poucos dias após o nascimento de Luciana. “Essa também é uma luta pela punição de todos aqueles que cometeram crimes como agentes do Estado durante aquele período. A luta por Justiça de Transição segue atual e necessária, para que nunca esqueçamos e nunca mais aconteça”, disse a deputada, relacionando também a necessidade de se lutar pela punição contra os crimes de Bolsonaro e seus cúmplices nos últimos quatro anos.