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Por Luciana Genro

Neste mês os brigadianos da reserva começaram a sentir na pele e no bolso o confisco dos seus proventos porque começou a ser aplicada a reforma da previdência do governo Leite, aprovada no dia 9 de abril deste ano na Assembleia Legislativa, com 31 votos favoráveis e 19 votos contrários. Votei CONTRA este projeto e inclusive acionei a Justiça para que ele fosse barrado na época.

Quem estava na reserva e recebia até R$ 6,4 mil não tinha nenhum desconto previdenciário, mas com a reforma uma alíquota que varia de 9% até 22% passou a ser aplicada. Na prática é um CONFISCO dos proventos dos brigadianos!

Isso coloca os trabalhadores da segurança em uma situação dramática, pois muitos dependem de sua aposentadoria para ajudar a sustentar a família inteira. Os descontos estão sendo um fardo para a tropa na reserva, ainda mais diante da crise social que vivemos.

Dois exemplos que recebemos ilustram a desgraça: Um tenente aposentado que tinha R$ 1.141,74 de desconto previdenciário agora passou a ter um corte de R$ 1.923,43 em seu contracheque. A situação é ainda mais dramática para os segundos sargentos, que passaram de um desconto de R$ 504,66 para R$ 1.192,17.

E aqueles que hoje estão na ativa vão sofrer a mesma consequência ao se aposentar. Essa é a política de confisco do governo Leite. É preciso começar imediatamente a luta pela reposição salarial dos trabalhadores da segurança, principalmente os de nível médio, que só tiveram perdas nos últimos anos.