Foto: Divulgação SMMA
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A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) estará na cidade de Canoas na segunda-feira (17/05), juntamente com o Ministério Público, visitando uma área de preservação permanente que fazia parte do parque Capão do Corvo e está sofrendo impactos irreversíveis com a realização de obras de um loteamento. Estas obras serão motivo de audiência pública a ser realizada pela deputada no dia 19 de maio, de forma online, com a participação da comunidade afetada.

A audiência pública estava aprovada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa, mas uma manobra do deputado Vilmar Lourenço (PSL) acabou resultando no adiamento da reunião por 60 dias. “Foi um golpe sem precedentes na história da Assembleia e na minha liberdade de atuação parlamentar. Mesmo assim irei manter essa audiência, realizada no âmbito do meu mandato, e chamaremos todos os envolvidos para discutir este assunto. Não irão intimidar nossa luta em defesa do meio ambiente”, disse Luciana Genro.

Audiência pública acontece na próxima quarta-feira (19) via mandato da deputada, após ter sido derrubada na Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia, mesmo estando aprovada e já tendo sido divulgada.

A sociedade civil de Canoas vem se mobilizando devido à questão ambiental no município. No início de 2021 o mandato de Luciana Genro recebeu pedidos de ajuda, por parte da comunidade, para buscar reverter a situação de total desrespeito às áreas de preservação ambiental.

O espaço do Capão do Corvo – repleto de banhados, fauna, flora e demais riquezas naturais – está sendo devastado e ativistas ambientais de Canoas solicitam a imediata paralisação das obras na região para que seja possível averiguar seus impactos, bem como debater formas de mitigar e realizar compensações pelos danos já causados. “Queremos saber como a prefeitura e o governo estadual liberaram a autorização para empreendimentos de alto impacto em uma área de preservação ambiental”, destaca a deputada.

O Capão do Corvo é um patrimônio ambiental da cidade, que consta em documentos oficiais tanto da prefeitura de Canoas, como o Plano da Biodiversidade, quanto em estudos de licenciamentos pretendidos e apresentados para essa área.