O inquérito que investiga a morte do jovem negro Gustavo Amaral pela Brigada Militar já foi remetido ao Judiciário. A informação foi confirmada pela chefe da Polícia Civil, delegada Nadine Anflor, durante reunião na tarde desta segunda-feira (03/08) com a deputada estadual Luciana Genro (PSOL), a família de Gustavo e ativistas do movimento Vidas Negras Importam.
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O encontro havia sido solicitado pela família, diante da ausência de respostas da Delegacia de Marau, responsável pelo caso, que ficou mais de um mês com o inquérito concluso e sem ser remetido ao Judiciário. A investigação local concluiu que se tratou de “legítima defesa imaginária”, já que o policial teria confundido o celular de Gustavo com uma arma.
“Esperamos que esse entendimento possa ser revertido no curso do processo. A própria Brigada Militar concluiu que houve crime em seu inquérito interno. Gustavo era um jovem negro que foi morto enquanto ia ao trabalho, vítima do racismo estrutural que existe na sociedade brasileira”, disse Luciana Genro.
Participaram da reunião Guilherme Amaral, irmão de Gustavo, e os ativistas Gilvandro Antunes e AfroGuga, representando os movimentos Vidas Negras Importam e Movimento Negro Unificado, respectivamente, além do subchefe de Polícia Civil, delegado Fábio Motta Lopes.