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Por Luciana Genro

Minha solidariedade aos familiares e colegas dos policiais militares Rodrigo da Silva Seixas, 32 anos, e Marcelo de Fraga Feijó, 30 anos, que foram mortos na noite de ontem em Porto Alegre. O relato do comando é de que eles estavam fazendo uma patrulha de rotina em uma zona de tráfico e teriam sido recebidos a tiros.

Essa tragédia também é mais uma demonstração do fracasso da política antidrogas, estruturada na lógica de guerra, que diariamente cobra muitas vidas.

Perder um colega é uma dor para toda a Brigada Militar. Os policiais que sobrevivem nesta lógica também precisam de apoio para lidar com todos os traumas. Nesse sentido, protocolei no início do ano o Projeto de Lei 40/2019, que institui o Programa de Segurança e Saúde no Trabalho dos Agentes de Segurança Pública. O artigo 8º do PL prevê uma série de cuidados com a saúde dos policiais, como o acesso a tratamentos psicológicos, o enfrentamento à depressão e a criação de programas de prevenção ao suicídio.

Não existe segurança pública de qualidade sem valorização dos policiais e investimentos em estrutura, saúde e qualificação. Também é necessário repensar essa lógica que todos os dias se mostra insuficiente.