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| Política | Rio Grande do Sul | Saiu na Imprensa

A situação das fundações extintas no RS e de seus funcionários está sendo acompanhada pela deputada estadual Luciana Genro (PSOL) e pelo deputado Luiz Fernando Mainardi (PT). Os parlamentares pretendem montar um relatório para a sociedade e para o governo com os efeitos reais da medida, como os dados dos serviços que deixaram de ser feitos, além de propostas para a retomada das funções desenvolidas pelas antigas fundações.

Na quarta-feira (12/06), os deputados estiveram em Eldorado do Sul no Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor (IPVDF), o maior centro de pesquisas agropecuárias do RS, ligado à extinta Fepagro e hoje um departamento da Secretaria Estadual de Agricultura. Na última semana, a visita foi na FEE.

Visita na Fepagro foi destaque no jornal Zero Hora desta quinta-feira | Foto: Reprodução

Com a visita, os parlamentares puderam ter certeza dos riscos para a pesquisa agropecuária gaúcha. “Houve uma perda de autonomia para a realização de contratos com financiadores externos. Isso impede a ampliação dos estudos e praticamente compromete a evolução da pesquisa agropecuária no Estado”, destaca a deputada Luciana Genro.

Os parlamentares acreditam que é possível retomar os serviços tão importantes desenvolvidos pelas antigas fundações e rever estas medidas. E estão levantando dados para levar ao governo, aproveitando que o governador Eduardo Leite sinalizou que tem uma abordagem diferente do ex-governador Sartori sobre as fundações.

Sem possibilidade de captar recursos diretos

Os parlamentares foram recebidos pelo diretor da Pós-Graduação em Saúde Animal, José Reck. A pós-graduação é oferecida pelo Instituto para profissionais de várias áreas, vindos de diferentes universidades do Estado. O curso já formou cerca de 20 profissionais. Atualmente, são 49 mestrandos, que produzem pesquisas totalmente financiadas por instituições externas, privadas e públicas.

Segundo Reck, desde 2017, o Instituto não conta com aportes do governo do Estado. A extinção da Fepagro impactou na captação de recursos, já que nova formatação ligada à administração direta do Estado, é impossível a arrecadação de recursos diretamente e tudo passa pelo Caixa Único.

Em 2018, o Instituto de Pesquisas Veterinárias realizou 47 mil testes de zoonoses e atendeu 320 municípios do estado. Com 22 pesquisadores ativos, sete técnicos em pesquisa e outros 12 servidores, a instituição de pesquisa desenvolve, atualmente, 47 projetos, tendo captado de fontes externas R$ 8,3 milhões nos últimos cinco anos, recursos que estão custeando as investigações em curso.