Luciana Genro conheceu ala destinada a apenados LGBTs na Cadeia Pública de Porto Alegre. | Foto: Conrado Klöckner
Luciana Genro conheceu ala destinada a apenados LGBTs na Cadeia Pública de Porto Alegre. | Foto: Conrado Klöckner

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A Comissão Especial para Análise da Violência Contra a População LGBT, presidida na Assembleia Legislativa pela deputada Luciana Genro (PSOL), realizou nesta sexta-feira (17/05) uma visita técnica à Cadeia Pública de Porto Alegre, o antigo Presídio Central. A juíza Sonáli Zluhan, da Vara de Execuções Criminais, também esteve presente.

A deputada conheceu a galeria 3 do pavilhão H, que é destinada a presos que são LGBTs. No caso, a apenadas transexuais ou a homens gays e bissexuais. E também conversou individualmente com os presos.

“As pessoas LGBTs em privação de liberdade acabam sofrendo duplamente as consequências de um sistema penitenciário em colapso e dominado por facções, sendo também vítimas de preconceito e até mesmo de estupros dentro dos presídios. Por isso é importante que as penitenciárias adotem políticas específicas para essa comunidade, como a criação de alas e celas exclusivas”, disse Luciana Genro.

Esta foi a segunda visita que a Comissão Especial realizou em casas prisionais. A primeira foi à Penitenciária Estadual de Charqueadas. A deputada Luciana Genro ainda irá visitar o presídio feminino Madre Pelletier e a FASE, onde estão os adolescentes infratores. Ao final de quatro meses de trabalho a Comissão irá apresentar um relatório sobre a violência contra a população LGBT no Rio Grande do Sul e propostas de políticas públicas. “Mas elas só sairão do papel se houver mobilização da comunidade LGBT sobre a Assembleia Legislativa e o governo estadual”, explicou a parlamentar.