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| Saúde | Terceirização
Deputada Luciana Genro se reuniu com secretária Estadual da Saúde, Arita Bergmann, junto com trabalhadores da área da saúde | Foto: Juliana Almeida

A deputada estadual Luciana Genro (PSOL), coordenadora da Frente Parlamentar em defesa dos trabalhadores da Saúde, teve uma reunião com a secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann, para tratar, conjuntamente com representantes de sindicatos e de trabalhadores da saúde, sobre os salários atrasados dos servidores, a falta de transparência dos repasses aos hospitais e municípios e as condições precárias de trabalho e estrutura nas instituições de saúde do RS.

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Os trabalhadores não são os primeiros a serem pagos quando chegam, com atraso, os repasses aos hospitais e aos municípios. O Estado se desresponsabiliza do controle dos recursos pois as gestões da saúde estão na sua maioria terceirizadas, feitas por organizações sociais (OS). O presidente do Sindisaúde-RS, Arlindo Ritter, relembrou à secretária o caso do Grupo de Apoio à Medicina Preventiva e à Saúde Pública (Gamp) que administrava hospitais e unidades de saúde em Canoas, e que teve seu contrato rompido por investigação de fraude nos contratos.

Além disso, os trabalhadores apresentaram à secretária as demandas de hospitais e casas de saúde de Porto Alegre, Uruguaiana, Santana do Livramento, Camaquã, Tramandaí, Guaíba, Santa Maria e Rio Pardo. Estiveram presentes representantes do Sindisaúde-RS, do Sinttargs (Sindicato dos Técnicos, Tecnólogos e Auxiliares em Radiologia Médica), do Sindicato dos Enfermeiros (Sergs) e o presidente da Fessergs (Federação Sindicato dos Servidores Públicos no Estado do RS), Milton Kempfer.

A secretária sugeriu que os trabalhadores busquem representação nos Conselhos Municipais de Saúde para exercer o chamado controle social, porém, os trabalhadores relataram a fragilidade deste mecanismo e, em muitos casos, a falta de abertura para a participação dos trabalhadores da saúde nos mesmos.

“Como presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Trabalhadores da Saúde, seguirei apoiando a luta dos trabalhadores por salários dignos, em dia e por boas condições de trabalho. Seguirei também exigindo o fim dos contratos de terceirização e o controle a transparência dos recursos repassados pelo governo do Estado à essas gestões, hospitais e municípios. A terceirização é um ataque frontal aos direitos dos trabalhadores e prejudica também a população, restringindo os atendimentos públicos, deixando os governantes sem compromisso e responsabilização para oferecer uma saúde pública de qualidade”, disse a deputada.