20190325_154251a
20190325_154251a

| Educação | Viamão
A deputada Luciana Genro visitou a escola João Batista nesta segunda. No local, o espaço onde ficava o prédio incendiado há um ano | Foto: Juliana Almeida

A realidade dos cerca de 300 alunos da escola estadual João Barbosa, no bairro Universal, em Viamão é de adaptação. Desde que um incêndio destruiu, há um ano, um pavilhão onde ficavam três salas de aula – que serviam a seis turmas nos dois turnos – os alunos estudam em salas de aula improvisadas, a sala dos professores foi transformada em sala de aula e a direção e a supervisão dividem espaço com a biblioteca do colégio.

Além disso, a escola espera, há dois anos, a liberação de uma verba de R$ 150 mil do Banco Internacional para a Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) para a reforma da parte elétrica da escola. A verba está na conta da escola e não pode ser usada por que a Secretaria de Educação não fez o projeto.

As demandas da escola, principalmente a construção de um novo pavilhão e a liberação da verba, serão encaminhadas pela deputada estadual Luciana Genro, do PSOL, para a Secretaria Estadual de Educação e também para a pauta da Comissão Estadual de Educação, da qual a deputada é uma das titulares. Luciana Genro fez uma visita à escola nesta segunda-feira (25/03).

“É impressionante o descaso. A escola tem uma verba e não pode utilizá-la . A educação não pode ser tratada desta forma”, destacou a deputada.

Sala tem fiação elétrica aparente no teto, abafado no verão e com goteiras no inverno | Foto: Juliana Almeida

Durante a visita, a diretora Virgéria Cezar Custódio mostrou uma pequena sala de madeira construída nos fundos do pátio da escola onde os alunos também têm aulas (fotos acima e abaixo). O espaço é pequeno, com a fiação elétrica aparente no teto, abafado no verão e com goteiras no inverno. A diretora relata ainda que os dois pavilhões onde estão as salas de aula hoje são espaços improvisados desde os anos 1990, construídos com madeira e amianto. A escola existe há 76 anos e atende alunos até o 9º ano.

Sala de madeira abriga alunos por falta de pavilhão onde ficavam três turmas na João Barbosa | Foto: Juliana Almeida

“A escola é uma referência para a comunidade. Aqui é o lugar que tem telefone para ligar para a emergência, que os alunos têm alimentação”, destaca a vice-diretora do 22º núcleo do Cpers, Dênia Denise Goulart.

A comunidade escolar se mobiliza para fazer mutirões na João Barbosa. As demandas da escola foram encaminhadas para a deputada Luciana Genro a partir do contato de Marcelo Godoy, que foi aluno da João Barbosa e do dirigente do PSOL em Viamão Romer Guex, que também acompanhou a visita.