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| Cultura
Carnavalescos apresentaram demandas a Luciana | Foto: Alvaro Andrade/PSOL

Carnavalescos apresentaram demandas do setor | Foto: Alvaro Andrade/PSOL

A valorização do Carnaval pautou encontro entre Luciana Genro e a direção da Liga Independente de Escolas de Samba de Porto Alegre (LIESPA) nesta sexta-feira (02/09). Na reunião, os carnavalescos apresentaram um panorama do evento e relataram as dificuldades que enfrentam com o financiamento da atividade. Eles saudaram a iniciativa de diálogo antecipado com o setor e detalharam a importância da cadeia produtiva do Carnaval para a economia da periferia.

No entanto, relataram que um dos pontos críticos é a descontinuidade no incentivo financeiro, já que a prefeitura é a principal financiadora. São repassados cerca de R$ 6 milhões ao ano, sendo que um terço do valor é destinado às escolas para produção de alegorias, o que só ocorre em 3 a 4 meses do ano. A sazonalidade da atividade acaba por colocar os trabalhadores na informalidade. “O Carnaval em Porto Alegre depende da prefeitura porque não temos a cadeia do turismo para sustentar as escolas ao longo do ano, como no Rio de Janeiro. O valor precisa ser distribuído como forma de garantir trabalho nos 12 meses. A liberação não pode mais ser em cima do evento”, explicou Rodrigo Costa, presidente em exercício da LIESPA.

Luciana aproveitou para aprofundar a política cultural prevista no plano de governo da coligação “É a vez da mudança”. “Defendemos a relevância do carnaval enquanto expressão cultural, afirmação do povo negro, combate à discriminação e fonte de geração de empregos. Entendemos o Carnaval como um dos únicos momentos em que a cidade diminui a segregação entre brancos e negros”, disse.

A candidata ainda enfatizou que pretende incluir as diversas expressões artísticas como formas de envolver a juventude e oferecer alternativas. “O papel da prefeitura é fomentar outros grupos positivos que façam essa disputa com a criminalidade. Nisso entra capoeira, esporte e carnaval  como políticas de prevenção da violência, integração do jovem em espaço social que o acolha e dê uma perspectiva de formação profissional, geração de emprego e renda”, concluiu.