Militantes e apoiadores da coligação “É a vez da mudança” coloriram a Esquina Democrática, ao meio-dia desta sexta-feira (26/08), para apoiar a candidata Luciana Genro e o vice Pedro Ruas em um ato de mobilização. Também participou do evento o presidente municipal do PSOL, Roberto Robaina, a vereadora Fernanda Melchionna e os demais candidatos à Câmara Municipal do partido, do PPL e do PCB.
Muitas pessoas que circulavam pelo Centro pararam para acompanhar os discursos, pegar material, tirar selfies com Luciana e incentivar sua candidatura, que lidera em todas as pesquisas. Em um dia marcado pela crise da segurança pública, após mais um latrocínio resultar na queda do secretário estadual da Segurança do governo José Ivo Sartori (PMDB), Luciana Genro iniciou a fala lamentando as mortes que viraram rotina em todos os cantos da cidade.
“Hoje choramos a morte da Cristine, covardemente morta em um assalto, a segunda mulher assassinada nas mesmas condições em poucos dias. Mas quero também chorar e lamentar a morte de Pedro, João, Maria, Carmen… São centenas de homens e mulheres na periferia de Porto Alegre, pobres, negros e negras, que sofrem com uma politica de segurança ineficaz e que não se preocupa com a proteção da vida das pessoas”, lamentou.
A candidata a prefeita criticou o desmonte nos investimentos em segurança pelo governo estadual, mas lembrou que a prefeitura da capital, onde o PMDB também governa, é totalmente omissa. O orçamento da Secretaria Municipal de Segurança em 2015 ficou em menos de 1% do total. “A prefeitura de Porto Alegre está paralisada diante da crise na segurança. Precisamos colocar a prefeitura a serviço de uma política de combate a violência. É possível ter política para disputar os jovens que estão sendo seduzidos pelo narcotráfico na periferia. É possível fazer politica social para uma juventude que não encontra acolhimento pelo estado, nem perspectiva de futuro, e acaba no narcotráfico”.
Como soluções para contribuir com a segurança das pessoas, Luciana citou a redefinição do papel da Guarda Municipal, mais presente e descentralizada. “É possível fazer uma guarda presente, conectada com a cidadania, que dialogue com a comunidade, que ofereça segurança preventiva. Precisamos colocar a Guarda na defesa da vida. É a vida das pessoas o maior patrimônio de Porto Alegre”, concluiu.
Já o vice, Pedro Ruas, enfatizou a trajetória dos candidatos e do próprio PSOL, marcadas pela disputa em favor do povo. “Somos essa luta de todos que acreditam que povo pode mudar a posição que vive pela sua própria força”.