Trabalhadoras se reuniram com Luciana Genro nesta segunda-feira (8).
Trabalhadoras se reuniram com Luciana Genro nesta segunda-feira (8).

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A deputada estadual Luciana Genro (PSOL) se reuniu com um grupo de trabalhadoras que foram demitidas pela empresa IBSaúde, que administra diversas unidades de saúde em Porto Alegre e Região Metropolitana. Elas atuavam em postos na capital e trabalharam dos dias 20 de março a 3 de maio, quando foram demitidas em massa com motivos que causaram estranhamento. A parlamentar vem atuando na defesa de trabalhadoras terceirizadas de diversos setores e irá informar oficialmente o Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre o caso.

A comissão que representou as técnicas de enfermagem demitidas foi composta por oito pessoas, que em sua maioria atuavam como vacinadoras. Elas denunciaram que muitas foram demitidas sob o argumento da “falta de experiência”, que não se concretizava na prática. “Utilizaram esse argumento na minha demissão, mas eu inclusive treinei os demais trabalhadores do posto”, afirmou uma delas.

“É uma injustiça absurda. Tenho denunciado muito esse processo de terceirização, pois é ruim para o trabalhador, que fica precarizado, e também para a população, que cria vínculo com os profissionais que são logo substituídos. Pelos relatos, percebe-se que vocês criaram já um vínculo com as comunidades e depois foram descartadas. É um desrespeito com o trabalhador e com a população”, apontou Luciana Genro.

O Sindisaúde-RS acompanhou a reunião, com a presença de Arlindo Ritter e Lúcia Mendonça, que também ouviram as demandas das trabalhadoras. Elas informaram que recebiam 20% de adicional de insalubridade, o que Arlindo e Lúcia consideraram insuficiente. O percentual deveria ser de 40% para as funções que exerciam. As trabalhadoras também relataram nem sempre ter os equipamentos de proteção individual (EPIs) adequados para realizar testes, inclusive de coronavírus.

A Prefeitura de Porto Alegre também pode ser cobrada sobre o assunto. “A Prefeitura precisa fiscalizar o serviço das empresas terceirizadas que contrata, então há responsabilidade”, apontou Arlindo. A comissão relatou ter tentado contato com Kelly de Carvalho, coordenadora-geral dos postos da oeste do IBSaúde, mas não obtiveram resposta.