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| Internacional

Por Secretaria de Relações Internacionais do PSOL

A agressão brutal do Estado de Israel sobre Gaza não tem limites. Já são 850 mortos e o bombardeio contra alvos civis aumenta. Também na Cisjordânia, o terror se aprofunda. Depois de uma manifestação de dezenas de milhares, o exército Israelense respondeu com bombas e repressão.

O avanço dessa operação militar vem sendo amplamente condenado pela opinião pública mundial. As manifestações contrárias aos bombardeios levaram multidões às ruas do mundo.

O grande problema, porém, é que tal condenação não se reflete da mesma forma nos organismos internacionais dominados pelas grandes potências que, ao deixarem Netanyahu de mãos livres, se tornam cúmplices do massacre.

Os Estados Unidos acabam de votar contra — com a abstenção da Europa — uma resolução da Comissão de Direitos Humanos da ONU que pedia a investigação dos atos de Israel considerados genocidas.

O governo brasileiro tomou a medida de retirar seu embaixador de Tel Aviv, orientado por uma declaração que condena como desproporcional a investida sobre Gaza. A resposta das autoridades israelenses foi uma afronta à nossa soberania, chamando o Brasil de “anão diplomático” e fazendo referências sobre a recente eliminação do país da Copa do Mundo.

Nossa resposta diante dessa provocação deve demonstrar para Tel Aviv que o Brasil está muito longe de ser irrelevante. Como já vínhamos defendendo junto a grande comunidade árabe e palestina brasileira, a resposta deve ser a ruptura das relações diplomáticas e comerciais, o boicote econômico aos seus produtos e a ruptura de todos os acordos do Mercosul. O Brasil pode dar esses passos, marcando um caminho para os países vizinhos e a comunidade internacional.

O PSOL defende que tais medidas sejam imediatamente adotadas como forma de deter os bombardeios e o massacre em curso.