Por Luciana Genro
Uma triste coincidência fez com que eu chegasse ao Hospital Sírio Libanês poucos minutos após o falecimento do nosso querido Plínio. Lá encontrei seus filhos, netos e noras, todos muito abalados pela perda, mas ao mesmo tempo muito confortados pela sua partida tranquila.
Plínio partiu com a consciência do dever cumprido, após décadas de luta em defesa da igualdade e da justiça social.
O PSOL tem muito orgulho de ter sido escolhido por Plínio como o seu partido nestes últimos anos da sua vida. Em 2010, foi imenso o seu esforço para percorrer o país, já idoso, mas com muita energia e com os olhos sempre voltados para a juventude, para o futuro.
Eu, pessoalmente, tenho ainda a imensa alegria de ter contado com o apoio de Plínio neste desafio que encaro agora como candidata a presidente. Plininho me contou que, mesmo hospitalizado, ele não se cansava de falar com as enfermeiras e visitantes, pedindo que votassem em mim nas eleições. Fez política até seu último minuto de lucidez.
Estou imensamente triste, e ao mesmo tempo me sentindo privilegiada por ter partilhado um pedaço da minha vida ao lado deste homem honrado e generoso. Todos nós do PSOL rendemos nossas homenagens: obrigada, Plínio!