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Fotos de histórias antigas, mas nem tanto...

Fotos de histórias antigas, mas nem tanto…

Queria agradecer as homenagens pelo meu aniversário oferecendo a vocês três fotos antigas e simbólicas: A primeira é a saída da ocupação da Assembléia Legislativa, quando eu era deputada estadual e o Britto estava privatizando a CRT, num dos maiores e mais corruptos negócios que ele fez, e o movimento ocupou o plenário para impedir a votação da autorização para privatizar. Daquele episódio eu fiquei com a fama – injusta porém simpática, de ter subido numa mesa do plenário – na verdade quem subiu foi o Jurandir, presidente do Sinttel. Mas a minha fama já era grande, então levei a culpa. Deste episódio é curioso também que o Roberto Robaina foi o único condenado no processo judicial posterior, muito embora ele fosse meu assessor e portanto estava “legalmente” dentro do plenário. Prova de que a legalidade nem sempre é critério suficiente na justiça burguesa.
A segunda foto é da minha formatura no Colégio Maria Imaculada, escola onde fiz minha primeira incursão na política, publicando um jornalzinho chamado Manifesto Estudantil. Lá conheci o Chico, um professor de história que me apresentou um personagem central na minha formação política: Leon Trotsky.
A terceira foto é de uma assembléia do CPERS. Naqueles tempos de governo Britto, todos os deputados ligados aos partidos de esquerda iam nas Assembleias. Depois, quando o Olívio ganhou a eleição, na greve acabei sendo punida pela bancada por ter votado contra o governo e a favor do CPERS.
Bom, é muita história antiga!
Queria finalizar agradecendo o carinho de todos e destacando um trecho do texto que o Roberto Robaina escreveu para mim, do qual fiquei particularmente orgulhosa.

“Quando para muitos de sentido comum Luciana poderia ter se acomodado com cargos e privilégios do poder, depois da vitória do PT nas eleições presidenciais de 2002, Luciana seguiu seu caminho. Não abandonou suas convicções e as bandeiras. Rompeu com o PT e fundou o PSOL. Os riscos da empreitada eram razoáveis. Sua “carreira” política estava garantida no PT. Mas Luciana não é de colocar as coisas nestes termos. Não é política de carreira. Conto nos dedos os líderes políticos, as figuras públicas tão desprovidas de carreirismo e da ideia do prestígio pessoal quanto Luciana. Nisso em especial creio que ela é um exemplo. Humilde sem ser submissa, coletiva sem perder a individualidade. Firme sem perder a ternura. “