O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) protocolou representação contra o deputado Jair Bolsonaro no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados por quebra de decoro parlamentar. A senadora Marinor Brito foi ofendida moralmente, na sua atividade parlamentar em mais uma cena intolerância, preconceito racial e homofobia e protagonizada pelo deputado.
“Todos devem ser respeitados. E eu fui desrespeitada por aquele deputado, que me causou constrangimento perante dezenas de pessoas”, explicou Marinor Brito. A senadora se refere ao fato que ao final da reunião da Comissão de Direitos Humanos do Senado, quando se votava o Projeto de Lei 122/2006, que criminaliza a homofobia, Bolsonaro a ofendeu ao dizer, entre outras citações, que ela era “heterofóbica”. Marinor informou que entrará com ação penal contra Bolsonaro por danos morais e injúria, com pedido de reparação e penalização criminal e civil.
Para o líder do PSOL, deputado Chico Alencar, Bolsonaro ofende a sociedade ao propagar o preconceito e a violência contra a comunidade LGBT e divulgar um folheto com nove mentiras sobre o plano nacional de cidadania LGBT. “Liberdade de opinião não pode ser confundida com liberdade de agressão”.
O presidente do Partido, Afrânio Boppré, disse ainda que o PSOL luta e combate todo tipo de preconceito, principalmente em defesa das minorias. Ele informou que, segundo o presidente do Conselho, José Carlos Araújo, existem outros oito processos contra Bolsonaro tramitando na Casa.
Além da militância e da senadora Marinor Brito, o deputado Chico Alencar e de Afrânio Boppré, também estavam presentes à entrega o senador Randolfe Rodrigues e os deputados Ivan Valente e Jean Wyllys.