Depois da eliminação precoce do Brasil na Copa da Mundo, amanhã começa de fato e de direito a corrida eleitoral. Aqui no RS o primeiro round acontecerá amanhã a partir das 8h, no debate promovido pela Rádio Gaúcha. Milhares de candidato irão às ruas em busca dos votos dos brasileiros. É a chamada “festa democrática”. Na verdade não tem nada de festa, e muito pouco de democrática. O que veremos será um festival de promessas que não serão cumpridas, marketeiros pagos a peso de ouro para transformar seus candidatos em peça publicitárias que digam o que supostamente as pessoas querem ouvir, transformando figuras desgastadas em novidade. O peso do dinheiro será decisivo, não só para o pagamento de tais marketeiros milagrosos, também no volume de campanha que cada partido consegue colocar na rua.
O PSOL não vai competir nesse terreno. Nosso recursos são limitadíssimos e por uma questão de princípios não compramos apoios. Também temos uma suposta desvantagem por nos apresentarmos sem alianças. E fazemos isso não por acharmos que somos os únicos “puros e bons” mas por que não encontramos parceiros com os quais tivéssemos afinidades políticas e programáticas e uma tática eleitoral em comum. Não buscamos aliados simplesmente para aumentar o tempo de TV. Aliás, a diferença gritante entre os tempos de TV é outro elemento da evidente precária democracia que permeia o processo eleitoral.
Mas encaramos os eleitores com a consciência tranquila. Com a certeza de que cumprimos o nosso dever. O dever de construir uma alternativa à política do toma-lá-dá-cá, do jogo de interesses, das negociatas. O dever de agir com coerência, de não mudar de lado, de defender o interesse público e os interesses daqueles que vivem, viveram ou querem viver do trabalho honesto, dos jovens aos mais idosos.Mesmo com todas as distorções que fazem do resultado eleitoral uma expressão muitas vezes distorcida da vontade popular, as eleições são o momento soberano de decisão sobre o futuro. Então vamos lá, à disputa!