Zero Hora, 9 de abril de 2010
Zero Hora, 9 de abril de 2010

| Saiu na Imprensa

EFEITOS NA CÂMARA
Governista defende CPI na Saúde

À espera da 12ª assinatura para instalar a CPI da Saúde na Câmara de Porto Alegre, oposição ao governo do prefeito José Fortunati ganhou um apoio ontem: do vereador Beto Moesch (PP). Embora defenda investigação sobre supostas irregularidades na Secretaria da Saúde, o vereador diz que só assinará o pedido com a maioria da base aliada.

– Como está faltando só uma assinatura, há chances de a CPI sair. Esse é mais um motivo para darmos respaldo ou criar a própria comissão – afirma Moesch.

Mesmo sem ter assinado o documento, a conversa que Moesch teve com Thiago Goulart (PDT), João Pancinha (PMDB) e Luiz Braz (PSDB), na quarta-feira em plenário, foi suficiente para provocar burburinho na Câmara. A recomendação expressa do governo é de não apoiar o movimento provocado pela oposição, que ganhou força após a reviravolta envolvendo o assassinato do secretário da Saúde Eliseu Santos.

Há cerca de uma semana, quando a vereadora Neuza Canabarro deu à oposição a penúltima assinatura, o secretário de Gestão, Clóvis Magalhães, foi imediatamente à Câmara e se reuniu com a bancada do PDT na Câmara para tentar convencer a pedetista a desistir da ideia. Não deu certo.

Moesch considera necessária uma investigação sobre problemas históricos na área da Saúde – podendo incluir o governo do PT –, além dos contratos com a empresa Reação e o Instituto Sollus. Como o proponente das investigações é o vereador Pedro Ruas (PSOL), ele presidiria uma eventual comissão. Outra alternativa seria a própria base protocolar um requerimento com 12 assinaturas e instalar uma CPI com a marca da prefeitura.

Alvos da CPI

SOLLUS
– Conforme o Ministério Público Federal (MPF), uma organização criminosa atuou enquanto o Instituto Sollus trabalhava junto à Secretaria de Saúde, entre 2007 e 2009
REAÇÃO
– Segundo o MP, divergências entre Eliseu e a empresa de segurança – que teria dinheiro a receber da prefeitura por contratos paralisados após as suspeitas de corrupção – teriam motivado o crime