O ex-governador do Distrito Federal José Roberto Arruda já está na sua casa, em Brasília, após passar dois meses na cadeia da Polícia Federal. Envolvido em corrupção, no chamado mensalão do DEM, Arruda foi preso por obstruir a investigação. “Se ele estava obstruindo a investigação, isso não é uma espécie de confissão? Afinal, se alguém é acusado injustamente tem o maior interesse na investigação”, ponderou a deputada Luciana Genro, em seu blog. “Mas esse tipo de raciocínio passa ao largo do nosso Poder Judiciário.”
Arruda deixou o prédio da Superintendência da Polícia Federal no início da noite de segunda-feira, 12, onde estava preso desde 11 de fevereiro. Ele foi solto à tarde, por decisão do STJ – Superior Tribunal de Justiça. O placar da votação foi de oito votos pela liberdade contra cinco pela manutenção da prisão. Dois não compareceram à votação.
Vale lembrar também que Arruda, mesmo flagrado em vídeos recebendo propina – que depois disse ser uma doação para compra de panetones a pessoas carentes no Natal -, não foi afastado do cargo de governador por corrupção, e sim por infidelidade partidária. Como disse Luciana, “a surpresa não foi realmente o fato de Arruda ter sido solto, mas sim o fato dele ter ficado na cadeia por dois meses”.