O jornal O Globo de hoje relata que o PT monta uma campanha milionária para a sua pré-candidata Dilma Roussef. O salário dela será R$ 17.800,00 por mês. O aluguel de uma casa no Lago Sul, para a sua moradia em Brasília, sairá por R$ 12 mil. Será realizado ainda um contrato com empresa de jatos executivos, o aluguel de um andar inteiro em um hotel onde funcionará o escritória da pré-candidata, mais o aluguel de dois andares em um prédio para o comitê, e locação de carros para a pré-candidata e seus seguranças. Isso é apenas o que se chama de “pré-campanha”, que deve chegar a cerca de R$ 250 mil em três meses, segundo o jornal. Mas o presidente do PT, José Eduardo Dutra, diz que esses gastos são “peanuts”, amendoins em inglês, o que significa, digamos assim, “troco” pois o grosso das despesas será na campanha, com rádio/TV e material gráfico.
O Globo não revela nada sobre a pré-campanha de Serra, mas esta certamente não ficará atrás da de Dilma. Diante dessa realidade, como podemos afirmar que o Brasil vive mesmo uma verdadeira democracia? Como se pode fazer uma disputa justa diante de tamanha desiguladade? O PSOL não terá nada próximo a essa estrutura. Nem em nível nacional, muito menos estadual, com nosso Pedro Ruas. As campanhas milionárias distorcem os resultados pois vendem um produto através de marqueteiros pagos a peso de ouro. Eu vivi essa realidade na disputa pela prefeitura de Porto Alegre. Por isso defendemos o fim do financiamento privado das campanhas. Também defendemos um teto de gastos para as campanhas, que seja compatível com a possibilidade de fazer uma boa divulgação dos candidatos mas que não permita o abuso do poder econômico.