A executiva nacional do PSOL, sabiamente, adiou a conferência eleitoral do partido para março do ano que vem. Crescem as chances de Heloísa Helena disputar o Senado, e o próprio diretório estadual de Alagoas solicitou a abertura da discussão sobre quem deve substituí-la na disputa presidencial. Três nomes já foram apresentados: Plínio de Arruda Sampaio, Milton Temer e Babá. Quero deixar meu testemunho sobre os dois últimos. Além da grande amizade que tenho com eles, Milton Temer e Babá são fundadores do PSOL, assim como eu e Heloísa Helena. Rompemos juntos com o PT, enfrentamos o desafio de coletar meio milhão de assinaturas para fundar o partido, e compartilhamos a análise da falência do PT a partir do momento em que Lula deu continuidade às políticas de FHC, com a reforma da previdência, Henrique Meirelles no Banco Central, Sarney et caterva como aliados, e fundamentalmente compartilhamos a necessidade de começar ainda em 2003 a construir uma alternativa. Se não tivesse sido assim o PSOL não poderia ter disputado a eleição de 2006, o que foi decisivo para nossa construção. Há ainda a possibilidade de apoio à Marina, debate que Heloísa solicitou que fosse aberto na executiva nacional. Marina pode se converter em um símbolo progressivo e capitalizar o apoio daqueles que não querem a continuidade de Lula e nem a volta do PSDB. Isso vai depender do perfil que ela imprimir à sua candidatura e da campanha que fará. Se ela quiser mesmo se converter em uma alternativa vai ter que mostrar que de fato é diferente. O PSOL tem um bom debate pela frente.
O debate sobre 2010 no PSOL