Foi fechado esta semana um acordo entre o governo e as maiores centrais sindicais, que poderá implicar na derrubada de todos os projetos que reporiam as perdas dos aposentados: o PL 3299/08, que extinguiria o fator previdenciário; o reajuste de 16,7%, vetado pelo presidente Lula em 2006; o PL 4434/08, que reporia perdas passadas dos aposentados; a emenda do senador Paulo Paim ao PL 1/07 que estenderia a todos os aposentados o índice de reajuste do salário mínimo.
Em troca, o governo ofereceu um aumento real em 2010 e 2011 equivalente à metade do crescimento do PIB, o que corresponderá a apenas 2,5% em 2010. O ganho para os aposentados será de somente R$ 3 bilhões em 2010, valor este irrisório frente às perdas dos aposentados – que já chegam a 70% – e muito mais irrisório ainda frente aos R$ 282 bilhões gastos com juros e amortizações da dívida em 2008.
O governo também concedeu pequenas vantagens aos aposentados, porém boa parte delas já estão vigentes hoje. E no projeto que acabaria com o Fator Previdenciário, o governo somente aceita substituí-lo pela chamada “Regra 85/95”, que melhora muito pouco a atual situação.
O PSOL não apóia nenhuma dessas centrais pelegas, e está determinado a construir uma nova central, que unifique todos os sindicatos e lutadores da classe trabalhadora e que seja independente do governo.
A COBAP, Confederação Brasileira dos Aposentados, que encabeçou a luta, se retirou das negociações e não deu aval para o acordo. Os parlamentares realmente comprometidos com os aposentados também não podem aceitar!