O homem não é uma pedra nem uma planta e não pode, complacentemente, justificar-se pela sua simples presença no mundo. O homem só é homem por sua recusa em permanecer passivo, pelo vigor com que se projeta do presente para o futuro e se orienta para as coisas, a fim de dominá-las e dar-lhes forma. Para o homem, existir é refazer a existência. Viver é a vontade de viver.
Simone de Beauvoir – Por uma moral da ambigüidade, 1947