Correio do Povo, 15 de maio de 2009
Correio do Povo, 15 de maio de 2009

| Saiu na Imprensa

Advogado ameaça acusadores

O advogado da governadora Yeda Crusius, José Eduardo Alckmin, chega hoje ao Estado. ‘Vamos exigir de todos aqueles que andam fazendo afirmações que não correspondem à verdade que se retratem ou provem o que estão dizendo ou, então, que sofram as consequências no campo civil’, afirma. Questionado sobre gravações citadas em denúncias do PSol e na revista Veja, o advogado desafia: ‘Quem diz que elas existem, que as exiba’. Ele diz que pode abrir processos por crimes de dano moral, calúnia, injúria e difamação.

O advogado do PSol, vereador Pedro Ruas, diz que, caso integrantes da sigla sejam processados, as denúncias serão reafirmadas à Justiça. ‘Pediremos, por exceção da verdade, acesso ao material em poder do Ministério Público Federal’, diz. ‘Com esse mecanismo, sentenciamos: dissemos porque era verdade.’

TALINE OPPITZ

Yeda ameaça e PSol comemora

A contratação de José Eduardo Alckmin, ex-ministro do Superior Tribunal Eleitoral, para representar a governadora Yeda Crusius nos episódios envolvendo as denúncias do PSol e da revista Veja foi o primeiro passo para fragilizar as investidas da oposição, mas não será suficiente para conter o desgaste e aplacar as dúvidas em torno do caso. Enquanto a governadora não ingressar judicialmente contra Luciana Genro, Pedro Ruas e Roberto Robaina, a reação de Yeda será praticamente inócua. Paralelamente, mantendo a versão de que as provas contra o governo existem e somente não foram divulgadas, pois estão sob segredo de Justiça, Luciana, Ruas e Robaina esperam com ansiedade o contra-ataque da governadora. O motivo é simples. Assim que forem notificados das ações poderão se valer da ‘exceção da verdade’, prevista no Código de Processo Penal e que permite a possibilidade de o sujeito comprovar a veracidade do crime atribuído ao ofendido. Isto é, caso sejam processados por Yeda, as lideranças do PSol, para se defender, terão acesso as supostas gravações que estariam em poder do Ministério Público Federal.