Fogaça sai da prefeitura, embora tenha dito na campanha que ficaria até o final do mandato. Quantos eleitores, se soubessem que ele entregaria a prefeitura ao Fortunati, não teriam mudado seu voto? Mas, na minha opinião, esse não é o fato mais grave. O problema maior é que Fogaça sai sem dar explicações sobre o rombo de R$ 10 milhões nos cofres púbicos, desviados da saúde pelo Instituto Sollus. Contratado sem licitação e bancado pelo falecido secretário da Saúde Eliseu Santos, o Sollus é uma organizção de São Paulo, sem referências na área e que já tinha a Polícia Federal no seu encalço. Mas Fogaça não ouviu os alertas da sociedade, e contratou o instituto sem licitação. O Ministério Público Federal foi alertado das irregularidades pelo Conselho Municipal de Saúde, e a Operação Pathos, da Polícia Federal, desbaratou a quadrilha. Mas antes disso, em outubro de 2007, o Ministério Púbico Estadual instaurou processo investigatório e recomendou à prefeitura a suspensão imediata dos repasses para a Sollus. Mas a prefeitura prosseguiu com o convênio. A ruptura só aconteceu em agosto de 2009! Fogaça não tem como dizer que não sabia. Ele foi advertido pelo Tribunal de Contas do Estado, que fez o levantamento do uso de notas falsas na prestação de contas. Já a Operação Pathos, desencadeada em janeiro deste ano pela Polícia Federal, detectou a contratação irregular do instituto e o desvio de recursos oriundos do Fundo Nacional da Saúde, por meio de falsas prestações de serviços fora da área da saúde, como honorários advocatícios, consultorias, palanejamento, assessorias, marketing, propaganda, palestrantes. Tudo com emissão de notas fiscais falsas. Tudo com o dinheiro que faz uma falta enorme nos postos de saúde. Fogaça vai embora sem dizer nada??
Fogaça sai e deixa rombo de R$ 10 milhões