Acossada pelas denúncias de corrupção que corroeram a sua credibilidade, Yeda contratou uma consultoria para melhorar sua imagem. A jogada de hoje, com o anúncio de aumentos para servidores, é parte dessa estratégia. Puro marketing, como se vê pelas reações indignadas dos dirigentes do CPERS/Sindicato e da Associação dos Cabos e Soldados. Mas pode funcionar junto ao público mais desavisado. Na realidade, Yeda quer muito ser candidata à reeleição, mas seus índices de rejeição são altíssimos e os próprios tucanos reconhecem nos bastidores que ela só poderá ser candidata se reduzir pela metade a rejeição nos próximos 3 meses. Missão impossível. A outra alternativa que está sendo cogitada, e articulada principalmente pelos líderes nacionais do PSDB, é Yeda renunciar ao cargo em abril e se candidatar a deputada federal, garantindo imunidade parlamentar para enfrentar os processos que já tramitam e os que ainda virão contra ela. Se ficar no cargo até o fim, em janeiro Yeda será uma cidadã comum, sem nenhuma imunidade ou foro privilegiado. Perigosíssimo para ela. Serra não quer nem pensar em ter Yeda no seu palanque gaúcho, nem mesmo como governadora, e menos ainda como candidata. Ele já vai ter que carregar o fardo Eduardo Azeredo, que vai ser processado no STF por ser o pai do mensalão, e quer distância dos problemas de Yeda. Mas ela não quer sair antes pois tem medo do que o vice, Paulo Feijó, pode fazer nos 8 meses em que ficaria no cargo. Mais cobras e lagartos podem aparecer. Tomara!!
O dilema de Yeda