Ontem a Agência Estado publicou matéria sobre um assunto que vem sendo discutido no PSOL há algum tempo: a possibilidade de Heloísa Helena não se candidatar a presidente de República mas sim ao Senado. As opiniões a respeito variam bastante. Muitos acham que a saída dela da disputa presidencial vai enfraquecer muito o PSOL no processo eleitoral pois não temos, é verdade, um nome à altura para substituí-la. Por outro lado, o fato dela estar em primeiro lugar nas pesquisas para senadora faz com que outros pensem que não vale a pena abrir mão de um mandato de 8 anos em troca de uma disputa presidencial que dura 3 meses e cujas chances de vitória são próximas de zero. Eu considero que ambos os pontos de vista são legítimos e contêm verdades incontestáveis. Eu, se pudesse escolher, gostaria de ter Heloísa disputando a Presidência, mas, confesso, fico muito animada com a possilbidade dela voltar ao Senado. Sua presença lá fará uma diferença enorme, não só para o PSOL, mas para o país. O que o partido não pode é abrir mão de ter candidatura própria. Como vamos lidar com a candidatura de Marina, que certamente vai atrair uma parte do nosso eleitorado – ainda mais se Heloísa não for candidata – é uma questão a ser debatida mais à frente, quando tivermos mais claro o perfil que Marina vai imprimir à sua campanha. Por enquanto, Heloísa segue sendo a nossa candidata natural à Presidência da República, e o debate interno sobre quem poderá eventualmente substituí-la nessa tarefa está começando. Assim como Heloísa , meu favorito também é o Milton Temer, jornalista, ex-deputado pelo RJ, cuja trajetória de décadas de militância combativa e coerente permitirá ao PSOL mostrar que, para além de Heloísa, temos quadros da mais alta qualificação política para defender o nosso programa.
Heloísa Helena Senadora?