Por Redação #Equipe50
O 1 de maio, data história de luta dos trabalhadores, foi marcado pela complexa conjuntura vivida no Paraná, onde os servidores públicos travam uma verdadeira batalha contra o governo de Beto Richa (PSDB), que aprovou um projeto na Assembleia Legislativa que promove um verdadeiro saque na previdência social do funcionalismo. O governador tucano quer financiar a crise e aplicar o ajuste fiscal nas costas dos trabalhadores.
No dia 29 de abril, os professores, que estão em greve, foram brutalmente reprimidos pela Polícia Militar de Beto Richa. Os docentes e demais trabalhadores do Paraná protestavam em frente à Assembleia Legislativa contra o assalto às suas aposentadorias, mas foram recebidos com balas de borracha, cachorros e bombas de gás lacrimogêneo. A ação repressiva deixou mais de 100 pessoas feridas.
As imagens de professores apanhando cruelmente da polícia repercutiram no país inteiro e indignaram amplos setores da sociedade. Tanto é que, neste domingo, 25 mil torcedores gritaram “Fora Beto Richa” durante a final do campeonato paranaense de futebol.
Neste contexto, não haveria como o 1 de maio ter outro centro político no país que não Curitiba. Candidata do PSOL à Presidência da República em 2014, Luciana Genro foi para a capital paranaense na sexta-feira prestar solidariedade aos trabalhadores. Juntamente com os companheiros do PSOL Babá, vereador do Rio de Janeiro, e Bernardo Pilotto, candidato ao governo do Paraná em 2014, Luciana participou de uma marcha com mais de 10 mil pessoas, que terminou com um ato em frente ao palácio do governo.
– Veja aqui o pronunciamento de Luciana Genro no ato do dia 1 de maio em Curitiba
“Viemos aqui neste primeiro de maio para dizer a vocês que o PSOL é solidário com a luta dos professores do Paraná. O senhor Beto Richa não tem mais condições políticas de continuar à frente do governo”, disse Luciana. A dirigente do PSOL acredita que a luta dos trabalhadores contra o governo tucano no Paraná irá unificar diversos setores populares no combate ao ajuste fiscal, que também é promovido pelo governo federal e pelos demais Estados comandados pelos partidos do sistema. “A luta do povo do Paraná vai se intensificar. Essa brutal repressão é inaceitável, vai unir a todos e a todas e mostrar ao Brasil qual o caminho para derrotar os planos de ajuste que são implementados no Paraná e que também ocorrem a nível nacional”, projeta.
Também em Curitiba, Luciana Genro participou de um ato na Praça 19 de Dezembro, dialogando com a juventude e a população do Paraná. Ela recordou que outro enfrentamento presente na atual conjuntura é o combate à lei das terceirizações, que já foi aprovada pela Câmara dos Deputados e aguarda apreciação do Senado. “O projeto das terceirizações significa jogar a CLT na lata do lixo”, classificou. Luciana entende que é preciso “fortalecer as lutas e unificar um campo independente, que não esteja nem com o governo, nem com a direita”.