A Comissão de Ética da Assembleia Legislativa rejeitou nesta quarta-feira (11), por unanimidade, os recursos que pediam a cassação da deputada estadual Luciana Genro (PSOL). Duas representações contra a parlamentar haviam sido arquivadas pelo corregedor da Comissão, Valdeci Oliveira, mas os parlamentares autores do pedido entraram com recurso contra a decisão, tornando necessário que o tema fosse votado.
“A acusação contra mim, absurdamente, era de racismo e xenofobia contra o povo judeu, o que não poderia estar mais longe da verdade. Com essa decisão, a Comissão de Ética demonstrou estar ao lado da liberdade de opinião dos parlamentares”, afirmou Luciana Genro.
A deputada também destaca a sua convicção na defesa do povo palestino. “Essas pedidos de cassação de forma nenhuma nos intimidam a seguir na luta ao lado do povo palestino. Já são mais de 55 mil pessoas mortas na Faixa de Gaza e há um brasileiro preso em confinamento solitário lá neste momento por ter tentado levar ajuda humanitária. Vamos seguir denunciando estes horrores”, garantiu a deputada.
Votaram contra o recurso que pedia a cassação de Luciana Genro os deputados: Valdeci Oliveira (PT), Sofia Cavedon (PT), Adão Pretto (PT), Frederico Antunes (PP), Cláudio Tatsch (PL), Gustavo Victorino (Republicanos), Dirceu Franciscon (União Brasil), Luiz Marenco (PDT) e Matheus Gomes (PSOL).
Luciana Genro é titular da Comissão, mas por ser implicada no processo, abriu mão do voto em favor do seu suplente, Matheus Gomes. O mesmo foi feito pelo presidente do colegiado, deputado Guilherme Pasin (PP), que optou por não votar por ter sido um dos autores do pedido de cassação.