Após ser procurada por policiais militares, a deputada Luciana Genro (PSOL) oficiou o Comandante-Geral da Brigada Militar, Cláudio dos Santos Feoli, acerca dos diversos problemas envolvendo a entrega dos fardamentos que seriam disponibilizados pela corporação aos servidores. Inúmeros relatos dão conta de que poucos são os que receberam as fardas e que, ainda, estas são de numeração diferente das utilizadas pelos servidores. Sem a possibilidade de realizar a troca da vestimenta, são os policiais que precisam arcar, de forma particular, com os custos das alterações para evitar punições.
“A situação dos fardamentos não é apenas uma questão de dignidade e conforto para os longos períodos de trabalho, mas também de segurança. Em um eventual confronto, um fardamento excessivamente grande ou pequeno poderá limitar movimentos, colocando em risco a vida do servidor envolvido”, aponta Luciana Genro.
Essa não é a primeira vez que a deputada é solicitada para intervir nas questões de fardamento. Recentemente, policiais militares mulheres entraram em contato com Luciana Genro para relatar que os novos coletes distribuídos à corporação, de modelo unissex, além de gerar desconforto, comprometem a segurança das brigadianas. Mesmo os coletes de tamanho “P” ficam grandes, desconfortáveis e mal ajustados para o uso e proteção adequadas.
Diante do exposto, a parlamentar solicita que o Comando informe se está ciente da demanda e quais medidas já foram ou poderão ser tomadas para solucioná-la. Caso contrário, reforça a necessidade de providências urgentes para a distribuição de vestimentas que atendam às especificidades das brigadianas, considerando uma numeração adequada, que proporcione conforto, mobilidade e segurança.
Luciana Genro já vem acompanhando diversas demandas relacionadas à Brigada Militar, como casos de assédio moral, perseguições, falta de atendimento qualificado em saúde mental, problemas com o CTSP e cobranças relacionadas a nomeações e condições de trabalho. A deputada já se reuniu com o Comandante-Geral duas vezes, além de ter destinado verbas de emendas parlamentares para a temática da saúde mental dos policiais militares.
