A deputada estadual Luciana Genro, após ser procurada por veranistas que informaram sobre ausência de guaritas e de guarda-vidas na praia de Cidreira, solicitou ao prefeito da cidade esclarecimentos sobre a falta de segurança à beira-mar. A demanda, já oficializada ao município, é de extrema importância após o relato de que, no dia 1º de janeiro, teria ocorrido um afogamento em frente à uma das antigas guaritas, hoje inexistente e assim desassistida.
Segundo informações dos moradores da região, as estruturas físicas de duas guaritas foram retiradas durante o inverno e ainda não foram repostas. Ocorre que, sem as estruturas, não é possível a atuação dos guarda-vidas no local. No caso já referido, a chegada da equipe de socorro foi demorada e a ambulância teve grande dificuldade para acessar o local do resgate, demonstrando assim a imprescindibilidade da recolocação das estruturas para assegurar o rápido atendimento de situações de emergência como a descrita. A situação, além de dificultar eventuais salvamentos, prejudica demasiadamente os trabalhadores eventualmente alocados para atuar no trecho, que ficarão expostos às intempéries durante o serviço.
Segundo informações do Governo do Estado Rio Grande do Sul e do Corpo de Bombeiros Militar, ao todo, são 1.004 guarda-vidas em atividade no litoral gaúcho, sendo 440 civis contratados de forma temporária para atender a demanda da alta temporada. Entretanto, esse número é insuficiente em muitas das praias do litoral gaúcho. Cidreira não é a única localidade que reclama sobre a falta de cobertura de fiscalização à beira-mar. Denúncias vindas de banhistas das cidades de Tramandaí, Imbé e Torres são recorrentes no gabinete da deputada.
Luciana Genro agora aguarda uma nova previsão, com cronograma detalhado, para a regularização das estruturas e como a população pode acompanhar o processo de construção e contratação de guarda-vidas para as áreas desassistidas. A deputada também espera receber as informações referentes à quantidade de guaritas pendentes de reforma e quantas já foram restauradas, para assim cobrar novas medidas para garantir a segurança dos banhistas.
