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A Assembleia Legislativa realiza nesta sexta-feira (24/03) o ato de instalação da Frente Parlamentar de enfrentamento ao HIV, AIDS, Sífilis, Hepatites Virais, Outras IST’s e Tuberculose. A iniciativa é coordenada pelas deputadas Luciana Genro (PSOL) e Laura Sito (PT) e pelo deputado Leonel Radde (PT). O evento será às 14h, no Espaço Convergência, térreo do Legislativo gaúcho.

O dia 24 de março é também o Dia Mundial de Combate à Tuberculose. Por isso, além da instalação da Frente Parlamentar, ocorrerá ainda uma mesa temática intitulada: “Coinfecção Tuberculose/HIV e o contexto de vulnerabilidades sociais”. O evento será transmitido ao vivo pela TV Assembleia no Youtube.

A Frente Parlamentar é uma articulação do Fórum de ONGs Aids RS, que reúne os movimentos sociais que atuam na pauta. Para o ato de instalação de sexta-feira e a mesa temática, foram convidados representantes do Fórum, especialistas e a gestão pública – tanto a nível municipal e estadual quanto federal. “O Rio Grande do Sul e nossa capital Porto Alegre, há quinze anos, apresentam as maiores taxas de detecção e coeficiente de mortalidade por Aids do Brasil, constituindo um cenário de epidemia de AIDS generalizada no estado e na capital gaúcha”, informam os deputados no requerimento de criação da Frente Parlamentar;

O cenário também é grave no que diz respeito à tuberculose. Segundo dados do Informe Epidemiológico do Rio Grande do Sul – Tuberculose 2022, no Brasil, em 2021, registraram-se 68.271 casos novos de tuberculose, com um coeficiente de incidência de 32,0 casos por 100 mil habitantes. Em 2020, foram notificados cerca de 4,5 mil óbitos pela doença, com um coeficiente de mortalidade de 2,1 óbitos por 100 mil habitantes.

O Rio Grande do Sul permanece como um dos estados com alta carga de tuberculose e de coinfecção, dentro do cenário nacional. Em 2021, foram notificados 4.769 casos novos, o que corresponde a um coeficiente de incidência de 41,6 casos/100.000 mil habitantes. Comparando com o Brasil, o Estado tem um coeficiente de incidência de tuberculose acima da média nacional, que no ano de 2021 foi de 32,0 casos/100 mil habitantes.

A tuberculose integra a lista das chamadas “doenças oportunistas” que atinge pessoas vivendo com HIV que estejam com a imunidade baixa em função da ausência de diagnóstico ou tratamento. “Por isso é fundamental que a sociedade civil debata o tema da coinfecção tuberculose/HIV e cobre medidas concretas da gestão pública diante do quadro grave que existe no estado e no país”, afirma Carla Almeida, do Fórum de ONGs Aids do RS e do GAPA – Grupo de Apoio à Prevenção da Aids.