A deputada estadual Luciana Genro, líder da Bancada do PSOL, entregou ao governador Eduardo Leite uma carta com a reivindicação de centenas de merendeiras que atuaram nas escolas estaduais e foram demitidas pela empresa Benetton sem ter recebido as verbas rescisórias. A entrega foi feita nesta terça-feira (14/02), durante a sessão plenária da Assembleia Legislativa, que contou com a participação do governador.
Após o pronunciamento de Eduardo Leite, Luciana Genro foi até o governador lhe entregar o documento e, também, uma cópia do seu projeto de lei 77/23, que prevê mecanismos para assegurar os direitos dos trabalhadores terceirizado contratados pelo estado. Após o diálogo, Eduardo Leite se dirigiu às galerias do plenário, onde um grupo de 40 merendeiras estava protestando pelo pagamento de seus direitos.
“Governador, pague as merendeiras”, gritavam as trabalhadoras após a fala de Leite. O governador se dirigiu pessoalmente ao grupo e afirmou que dará encaminhamento à demanda. Segundo Eduardo Leite, o estado já teria pago a empresa Benetton. Contudo, lideranças do movimento afirma que a empresa alega não ter recebido os valores.
“Essa situação é comum em todos os casos envolvendo empresas terceirizadas, onde o governo afirma que pagou e a empresa diz que não recebeu. E, no fim, quem é prejudicado mesmo é o trabalhador, que fica sem receber seus direitos. Por isso apresentamos um projeto de lei para garantir que a empresa só receba do governo após comprovar que pagou seus funcionários”, disse Luciana Genro.
A deputada comentou, ainda, que na conversa que teve com o governador a respeito do tema, ele lhe relatou que seu próprio namorado, o médico Thalis Bolzan, já atuou como trabalhador terceirizado e também passou pela mesma situação de trabalhar e não receber seus direitos.
Ao final da sessão, as merendeiras agradeceram à deputada por ter levado essa situação diretamente ao governador, o que propiciou o diálogo direto com Eduardo Leite. A pedido do governador, a presidente da Associação Unidos Terceirizados, Adriana da Silva Cunha, e a professora Neiva Lazzarotto, diretora do 39º Núcleo do CPERS, ficaram em contato com sua equipe para dar andamento aos encaminhamentos sobre o assunto.