Assembleia Legislativa entregou troféu ao professor Lúcio Almeida.
Assembleia Legislativa entregou troféu ao professor Lúcio Almeida.

| Antirracismo

O professor de Direito Lúcio Antônio Machado Almeida recebeu o Troféu Carlos Santos da Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (16), em cerimônia alusiva ao Dia da Consciência Negra. A homenagem ao professor foi proposta pela deputada Luciana Genro (PSOL). Mestre, doutor e pós-doutor em Direito, Lúcio é coordenador do Núcleo Pesquisa Antirracismo da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e leciona nas universidades UFRGS, Dom Bosco e La Salle.

A deputada conheceu o professor Almeida na luta pelas cotas na UFRGS. “Tenho orgulho de ter conhecido o professor numa luta concreta contra o racismo, que foi a luta pelas cotas na UFRGS, através da Carla Zanella, que hoje trabalha comigo e é coordenadora da Emancipa Mulher. Nos conhecemos e desde então temos travado juntos nessa luta contra o racismo”, afirmou Luciana Genro.

Enquanto professor e coordenador do Núcleo de Pesquisa Antirracismo, Lúcio foi o responsável por elaborar o parecer que embasou a expulsão do aluno da UFRGS recentemente por conta de racismo, o primeiro caso desse tipo de expulsão na universidade.

Durante a sessão solene, Luciana Genro falou da importância do combate ao racismo e de se ter pessoas negras protagonizando estes espaços. “Teremos uma bancada negra na Assembleia, com certeza quem estará aqui ocupando a tribuna no próximo Dia da Consciência Negra será o deputado eleito pelo PSOL Matheus Gomes”, colocou. Ela apontou que a luta antirracista tem avançado porque cada vez mais a negritude tem tomado consciência da importância de denunciar e as instâncias de poder têm visto a necessidade de dar respostas.

“Tivemos casos de grande repercussão aqui no estado, como o terrível assassinato do Beto, o caso de racismo contra o Seu Jorge. Esta Casa inclusive deu uma resposta a esse absurdo aprovando na Mesa Diretora a minha proposta de oferecer a medalha do Mérito Farroupilha ao Seu Jorge, como um pedido de desculpas do RS. Uma ofensa racista não é direcionada a uma única pessoa, mas sim ofende a toda negritude”, destacou.

Foto: Celso Bender/ Agência ALRS