Primeira mesa da tarde contou com Luciana Genro, Cláudia Favaro e Alex Fraga.
Primeira mesa da tarde contou com Luciana Genro, Cláudia Favaro e Alex Fraga.

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Coordenadores de diversos cursinhos populares Emancipa de várias cidades do Rio Grande do Sul participaram, neste domingo (17), de uma formação em educação popular. Estiveram presentes os Emancipas Cursinho Centro, Emancipa Mulher, Santa Rosa de Lima, Guaíba, Novo Hamburgo, Cachoeirinha, Gravataí, Charqueadas, o Núcleo Psicopedagógico e a Universidade Emancipa. A formação ocorreu na sede do Simpa, na Cidade Baixa.

Ao longo do dia, ocorreram as mesas “Nossa história e nossos desafios: retomar a posse!” e “Para onde vai o Brasil e o papel das lutas da educação”, sempre seguidas de rodas de discussão com debates sobre os pontos abordados pelos participantes. Ao final, em formato de plenária, foram apresentadas as sínteses das discussões dos grupos e dos núcleos, e propostas de políticas estaduais para a Rede Emancipa.

A deputada estadual Luciana Genro, fundadora do Emancipa no Rio Grande do Sul, participou da segunda mesa, ao lado do professor do Emancipa e suplente de vereador Alex Fraga, e da arquiteta e integrante da Frente Nacional de Lutas (FNL) Cláudia Favaro, que iniciou a discussão contando sobre sua trajetória nas lutas populares, em especial a por moradia digna. “Queremos a emancipação do ser humano, da classe trabalhadora. E a educação popular promovida pelo Emancipa é uma formação também em direitos, da busca por direitos. A educação é a principal ferramenta pra construir esse processo revolucionário”, apontou.

O professor Alex falou dos desafios da rede pública de educação.

O professor Alex destacou que o Emancipa segue uma lógica totalmente diferente da promovida nos cursinhos privados, citando Paulo Freire: “a educação tem que ter um significado” e relatando os desafios que observa na rede municipal de educação. “Nossos alunos são a galera que está estudando com estrutura precária, com professores que vêm sendo historicamente atacados. Precisamos estar imersos nessa responsabilidade social, e no retrocesso que a educação vem enfrentando”, destacou.

“É a própria coletividade que irá propiciar essa emancipação. Estamos falando de luta coletiva pela auto emancipação de todos e contra todas as opressões”, complementou Luciana Genro. A deputada, que também é presidente do PSOL e pré-candidata à reeleição, reiterou que os desafios irão seguir após as eleições, especialmente no que diz respeito à educação.

Luciana Genro falou da luta coletiva que é necessária para a emancipação coletiva.

“Vamos precisar seguir lutando contra o sucateamento das universidades públicas, contra a falta de investimentos. Sabemos que programas como ProUni são facilmente retirados quando a crise econômica vem. O nosso papel no próximo período vai ser muito grande, e os movimentos ganham um peso muito grande nesse processo”, afirmou, destacando também a importância do papel dos professores e educadores populares. Mediaram a mesa o coordenador do Emancipa Santa Rosa de Lima Vinícius Andrade e o professor do Emancipa Cachoeirinha Lucas Cardoso.