Seguindo a luta em prol das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), Luciana Genro (PSOL) se reuniu com mães de crianças com TEA de Viamão nesta quinta-feira (23), que relatam uma série de dificuldades em relação à rede de ensino da cidade. Segundo elas, faltam monitores e os que estão disponíveis muitas vezes são despreparados para lidar com o autismo. As salas de recurso, quando existem, não têm estrutura adequada para o atendimento dessas crianças e não existe um sistema integrado entre escola e rede de saúde.
As mães observam que a inclusão ocorre apenas na lei, mas não é uma realidade na prática. Intermediada pela Magda Chagas, do PSOL Viamão e do coletivo Pra Elas com Elas, a reunião contou com a presença de Sabrina Adams, da Associação de Pais e Amigos dos Autistas de Viamão (Amav), Nilmara Mariano, da Quebrando o Círculo, Adriana Damasceno e Tinoco, do Sindicato dos Municipários de Viamão, Romer Guex, do PSOL Viamão, Delcina Adriana e Annelise Goulart, do grupo Mães da Rede.
As mães reinvindicam serem ouvidas pelo prefeito de Viamão para apresentarem essas dificuldades, o que será intermediado pela deputada. Luciana Genro também irá propor uma audiência pública para tratar do atendimento da rede escolar para crianças no espectro autista. Elas criaram um abaixo-assinado solicitando a criação do Centro de Atendimento para Autistas em Viamão, que já conta com mais de 10.600 assinaturas.
“Essas demandas são fundamentais, porque a inclusão precisa ser pensada em todos os aspectos da sociedade, em especial na educação. Não podemos concordar que haja crianças no espectro autista sem o atendimento personalizado que necessitam para crescer e se desenvolver”, avaliou a deputada.
Luciana Genro vem acompanhando a luta das pessoas com TEA e seus familiares pela manutenção do rol exemplificativo nos planos de saúde, participando de atos organizados por coletivos voltados para o tema, e já realizou uma audiência pública sober o assunto.
A Agência Nacional de Saúde (ANS) recentemente anunciou a ampliação das regras de cobertura dos planos de saúde, determinando que os convênios serão obrigados a cobrir qualquer método ou técnica indicado pelo médico para o tratamento do transtorno do espectro autista. A decisão é considerada uma importante vitória para o movimento, mas a mobilização pela volta do rol exemplificativo, que garante ampla cobertura para todos e todas, deve seguir.