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A prefeitura de Sapucaia do Sul está impedindo o acesso de dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação às escolas municipais. Essa foi a denúncia feita pela presidente da entidade, a professora Miriam Mattos, à Comissão de Educação da Assembleia Legislativa. Ela participou da reunião desta terça-feira (19/04) por solicitação da deputada estadual Luciana Genro (PSOL).

Os sindicalistas estão sendo impedidos de dialogar com a própria categoria, que neste momento passa pelo processo de aprovação de Data-Base. “O sindicato tem não só o direito, mas o dever de estar dentro das escolas, dialogar com sua base, ouvir seus sindicalizados. E o prefeito não tem o direito de estabelecer restrições que são totalmente inconstitucionais e ilegais. Enquanto Comissão devemos acionar a prefeitura no sentindo de exigir o fim imediato desse cerceamento ao sindicato e que possamos nos somar a esse pleito, no sentido de que a democracia seja reestabelecida na cidade de Sapucaia,” explanou a deputada.

Luciana Genro sugeriu que diante dos relatos a Comissão acione tanto a prefeitura de Sapucaia, como a Secretaria de Educação do município para que que cesse esta ação truculenta e antidemocrática que está sendo tomada contra o sindicato.

Segundo a sindicalista Miriam Mattos, os problemas têm sido registrados desde o mês de fevereiro, quando a Secretaria de Educação do município passou a não permitir a entrada do sindicato nas escolas municipais ou no acompanhamento dos sindicalizados quando eles são chamados para assinar algum registro ou ata, o que é direito constitucional do trabalhador. Ela disse, aindam que as entradas, quando acontecem, são precedidas de muito embate, desgaste e desrespeito com o trabalhador – que, já acuado, chama o sindicato e sofre mais um ataque.

Miriam Mattos explica que a justificativa da administração é de que as visitas estariam “atrapalhando o funcionamento da escola”, informação que rebate. “Nossas visitas se resumem à sala de funcionários, em horários que não são de expediente. Agora temos que dialogar com a categoria na calçada, no sol, enquanto pessoas totalmente alheias à educação passam em sala de aula e essas sim, atrapalhando o funcionamento da escola,” desabafou.

Segundo a sindicalista Miriam Mattos os problemas tem sido registrados desde o mês de fevereiro, quando a Seduc passou a não permitir a entrada do sindicato nas escolas municipais ou no acompanhamento dos sindicalizados.