Tatiana fundou a ONG Amada Helena em 2013, um ano após a morte de sua filha.
Tatiana fundou a ONG Amada Helena em 2013, um ano após a morte de sua filha.

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A deputada Luciana Genro (PSOL) recebeu em seu gabinete nesta segunda-feira (25) Tatiana Maffini, fundadora e presidente da ONG Amada Helena, cujo nome homenageia sua filha, que faleceu com 17 dias de vida. A organização é dedicada a auxiliar psicologicamente e dar apoio a mães e pais que perderam seus filhos, seja durante a gestação, ao nascer ou em qualquer época da vida.

Além de apresentar o trabalho da ONG, Tatiana também pediu o apoio da deputada aos projetos de lei que foram construídos pela entidade, como o 117/2021, que estabelece procedimentos a serem adotados no caso de perda gestacional, natimorto e perda neonatal nos serviços de saúde. Isso porque hoje em dia, a mulher que passa por esse trauma ainda é colocada na mesma maternidade onde estão aquelas que tiveram filhos nascidos vivos, ocasionando ainda mais sofrimento.

A organização também tem projetos de lei que instituem o Dia e a Semana da Sensibilização à Perda Gestacional e Neonatal, para dar visibilidade à problemática e contribuir com a sensibilização do tema disseminando informações. A parlamentar prontamente expressou seu apoio às propostas, que já tramitam na Assembleia Legislativa.

Tatiana mostrou à deputada os livros fotográficos que a ONG organizou.

Tatiana fundou a ONG em 2013, um ano após perder sua filha. Assim como ela, sua mãe e irmã também perderam filhas: a irmã de Tatiana faleceu aos 21 anos e sua sobrinha aos 17. “Elas não tinham informações, ferramentas, apoio. Onde estão as pessoas que perdem filhos? Então transformei a minha dor em vontade de ajudar pessoas, outros pais que vivem a mesma situação. São milhões de pais que perdem filhos e a gente se sente sozinho, não se sente acolhido em lugar nenhum”, relata ela sobre a motivação para fundar a ONG.

A organização fornece 50 atendimentos gratuitos mensais por parte de psicólogos, tanto presencialmente quanto online, com abrangência nacional. A Amada Helena também organizou livros fotográficos, em que pais e mães que perderam seus filhos são retratados, assim como exposições sobre o assunto. “É um material para quem perdeu um filho entender que existem motivos pra seguir vivendo. Registramos o que os pais trouxeram que ajudarem nesse processo”, explicou Tatiana. “O trabalho da Amada Helena é fundamental para que mães e pais que passam por esse sofrimento percebam que não estão sozinhos e recebam todo esse suporte. Contem com o meu mandato para apoiar os projetos da entidade”, garantiu Luciana Genro.