Ocupação permanece mobilizada enquanto acontecem negociações com prefeitura, UFRGS e MP. | Foto: Samir Oliveira
Ocupação permanece mobilizada enquanto acontecem negociações com prefeitura, UFRGS e MP. | Foto: Samir Oliveira

| Educação | Povos Indígenas

Cerca de 50 indígenas dos povos Kaingang, Xokleng e Guarani estão ocupando a área onde fica o prédio da antiga Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (Smic) de Porto Alegre, reivindicando a criação de uma Casa do Estudante Indígena pela UFRGS. O grupo, formado por alunos da universidade, recebeu na tarde desta terça-feira (15/03) a visita da deputada estadual Luciana Genro (PSOL), que convidou os indígenas a expor sua luta na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. 

“Os estudantes indígenas sofrem racismo na universidade e também na casa do estudante. As mulheres precisam de um espaço adequado para ficar com seus filhos, é uma demanda que vem sendo reivindicada pela comunidade indígena há muito tempo”, disse a deputada. Luciana Genro vai solicitar que a Comissão de Direitos Humanos receba os alunos e ouça suas demandas, o que pode ocorrer já na sessão da próxima quarta-feira (23/03).

Deputada Luciana Genro visitou a ocupação nesta terça-feira (15/03). | Foto: Samir Oliveira

A ocupação vem recebendo apoio do DCE da UFRGS e de coletivos de juventude, como o Juntos.  Os indígenas estão em um processo de negociação envolvendo a prefeitura, a universidade e o Ministério Público. O compromisso do governo municipal é verificar se existe outro prédio que poderia ser cedido à UFRGS para construção da Casa do Estudante Indígena, devido às condições precárias do edifício da Smic. 

A disposição do movimento é de apenas deixar a ocupação quando houver definição sobre um novo local para o grupo. “É muito importante eles permanecerem mobilizados nesta luta”, disse a deputada.

Confira abaixo mais fotos da ocupação no álbum do Flickr

Ocupação pela Casa do Estudante Indígena