Escola Rodolfo Costa fica na região rural de Santana do Livramento. Foto: Facebook
Escola Rodolfo Costa fica na região rural de Santana do Livramento. Foto: Facebook

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Mais uma escola estadual gaúcha luta contra o fechamento de turnos promovido pela Secretaria Estadual da Educação (Seduc). A Escola de Ensino Fundamental Rodolfo Costa, localizada na zona rural de Santana do Livramento, recebeu a notícia da decisão tomada de forma unilateral pelo governo de fechar um turno da instituição, sob a alegação de que o número de estudantes é baixo.

O número de matrículas da escola diminuiu devido ao rompimento do convênio do Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar (PEATE). A demanda chegou à deputada Luciana Genro (PSOL) a partir da luta travada pela comunidade escolar e apoiadores. A parlamentar está enviando um ofício ao governo questionando a respeito do rompimento com o programa e qual a alternativa para os estudantes das áreas que deixam de ser cobertas pelo PEATE.

O PEATE é o programa responsável por providenciar o transporte escolar de estudantes do meio rural, que muitas vezes vivem a quilômetros de distância das escolas. O professor estadual aposentado Juca Sampaio, que vem acompanhando a luta da escola, relata que foi possível obter um acordo com a 19ª Coordenadoria Regional de Educação, nos termos de que se for possível que a comunidade escolar providencie o transporte dos alunos, o turno será mantido.

“Com uma luta muito intensa, conseguimos que a CRE não fechasse os turnos de imediato. Agora, estamos nesse impasse, precisamos resolver o problema do transporte das crianças. Existem 24 crianças que todos os dias pegavam o ônibus e iam para lá”, explica Juca, que também é conselheiro do Cpers/Sindicato.

Luciana Genro vem acompanhando a luta de diversas escolas no Rio Grande do Sul, sempre questionando e cobrando do governo estadual. “O transporte escolar e a oferta de vagas são direitos dos estudantes. É absurdo que agora os pais tenham que providenciar o transporte para que a escola mantenha o turno aberto. Essas famílias não podem ser prejudicados por estudarem no meio rural”, avalia a deputada.