A deputada estadual Luciana Genro criticou o reajuste de quase 120% nas cotas parlamentares efetuado pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. “Com a maioria do povo tendo que apertar o cinto diante da alta da inflação, não é momento para esse reajuste nas cotas”, disse.
Luciana Genro, inclusive, apresentou no início da pandemia, em abril de 2020, um projeto de resolução que determinava o corte de 80% das cotas parlamentares e de 100% das diárias pelo período de duração da pandemia. Caso tivesse sido aprovada, a medida poderia ter gerado uma economia de R$ 8,4 milhões à época. O projeto (em anexo) foi encaminhado ao então presidente da Assembleia, deputado Ernani Polo, através de um memorando em 8 de maio de 2020, pois compete apenas à Mesa Diretora apresentar este tipo de iniciativa. Contudo, a medida não teve prosseguimento na Casa.
A deputada Luciana Genro frisou que não faz parte da Mesa Diretora, instância que tomou a decisão de aumentar a cota parlamentar mensal dos gabinetes de R$ 14,8 mil para 32,2 mil a partir de janeiro deste ano. A cota supre gastos com com impressos, envios de materiais, gasolina, entre outros.
“A Bancada do PSOL não faz parte da Mesa e tem, inclusive, a prática de votar contra as chapas que anualmente se revezam na Mesa por acordo das maiores bancadas. Por não estarmos na Mesa, não fomos consultados sobre esse aumento. Mas se eu fosse consultada, teria votado contra devido ao momento político e econômico de extrema dificuldades para o povo em geral e os servidores públicos em especial”, comentou.
Confira o documento apresentado na íntegra: